segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Toca Baião"

Dos seus passos, amores e abraços, só ela sabe.
Prezada solidão, eu não admito atrasos, tampouco explicações.
Um, dois, três. Dominós à postos, o princípio e o final, o final e o princípio.
Quem define? Senhor do Tempo, quem define?
Olha, guarda essas mágoas pra mais tarde, guarda tudo numa fina gaveta com uma chave prateada, passo aí mais tarde para apanhá-la.
Eu não queria ser rude, eu apenas não sabia fingir fidelidade.
Eu era fã da verdade e quanto mais dolorida fosse, melhor. Assim, com as palavras mais objetivas e mais maldosas, sempre achei que isso tornava a verdade ainda mais verdade.
Mas você bem sabe, a solidão sempre esteve presente.
Hoje eu já não tenho mais tanta pressa, tanta ganância e necessidade de papel sem amassados.
Agora eu me permito fingir por um instantes que eu não sou tão bruta, que eu não sou tão fria e que tenho algum sentimento.
O meu amor não existe, o meu amor está perdido por aí.
Mas, quer saber? Eu não ligo.
O labirinto, o dominó e o dragão um dia tem que vir à tona.

2 comentários:

  1. Nossa, que lindo flor... você não é tão bruta, não é tão fria e seu sentimento é todo.
    Beijos Helen

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  2. Gostei muito, muito mesmo. Você fala em brutalidade, mas uma coisa tenho que admitir: suas palavras são leves,que podem ser levadas pelo vento. O único peso que vejo aí é o sentimento intenso.
    sorrisos.

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