domingo, 24 de abril de 2011

Ele iria entrar pela minha janela com um balão colorido. Cores de prache: azul, vermelho, amarelo...
Minhas ideias loucas estão por toda parte e ocupam tanto espaço. Transpassaram a minha cuca e agora as últimas se alojam no topo do armário. Ele teria de pedir licença.
Deita aqui do meu lado, fala como foi sentir as gotinhas de chuva geladas batendo em você. Tava muito frio?
De bruços, olhando pra mim sem falar nada.
Silêncio substancial.
Silêncio moral.
Silêncio
Lêncio
cio
c
i
o
.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

4-3-3

Um pouco mais sozinha e espero, muito mais sábia.

Que o samba adentre por aquela janela como faria um pássaro, que sedento por liberdade, se perde no encontro de quem queira dar abrigo.
E que se afirme, não pelo seu volume, mas por sua qualidade, seu ímpeto de criatividade.
Que a gente tenta e falha. Mas pede pra ver, o corpo sofrer, perder um pouquinho do vigor e da felicidade, assim, só pra se testar.
E rir desse boneco de pano que somos nós afinal. Que acreditamos, embora muito advertidos.
Mas... quer saber? Que eu confie muito mais.
No meu peito tem coragem de sobra.
E força, pra se reerguer com o mesmo impulso com que se mergulha.