segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mais que arroz e feijão

Dá um pouco de dó e um pouco de alegria ver aquele senhor vestido naquelas roupas já cansadas, abatidas pelo tempo, sentar-se a mesa de um restaurante freqüentado por poucos e não perder o hábito de repousar seu chapéu na cadeira que faz par com a sua.
Come com destreza, não nota as pessoas ao lado que parecem se incomodar com a sua presença. Talvez não fosse incômodo de fato, mas um misto de dó e alegria. Mas ele nem nota e continua nas suas garfadas ávidas por mais que o próprio arroz e feijão.
De qualquer forma, é vida. É vida e é bonita, não porque diz a música, não porque é bonito dizer. Mas quem viu, sabe. É linda, meu Deus. E meu almoço se resumiu a isso: segurar aquele sentimento com toda a minha força e observar o velho que se encontrava ao meu lado.

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