terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Inquietude

Alma de guri com misto de homem onipotente.
Ótimo acordista, faz qualquer um desistir e aceitar tuas condições nada lúcidas, com toque de infantilidade, imposição de quem nunca pôde falar.
Com quem aprendeste a comandar tão friamente?
Não pedes licença, não respeitas quem, certamente, sabe mais do que você.
Rende e surpreende. Não fala, afirma. Não pede, exige. E consegue.
Triste fim. Era ela tudo o que querias e nem ao menos imaginara.
Diz-te não, vendo-te enlouquecer, enfraquecer.
Você renegocia. Quem diria?
E astuto, com faro de medroso, foge.
Os surtos de verdade dela são raros. Mas ótimos seletores. Distinguem homens de meninos.
Ainda que meninos pareçam homens e homens, meninos. Ainda que ela veja dentro dos olhos a verdade que teus conhecimentos teimam em tentar esconder.
Para de olhar pro teu celular, então. Quando ela decide que o martelo bate, não há brecha alguma que a faça voltar atrás.

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