sábado, 14 de agosto de 2010

O coelho resmungou.

Trilha teus passos, faz teu caminho, corre de mim, maldita, segue.
E me foge, e me zomba.
O descompasso desritmado da minha dança é também do corpo e da mente.
O corpo fica, a mente vai.
E me foge, e me zomba.
Mas diga-me tu, menina faceira da saia rodada, e se lhe chamam de forrozeira em meio a rua principal da cidade como sabes que falam de ti e para ti? E como tens a coragem de cumprimentar a rapaz qualquer? Nome e face, lhe fogem. Quiçá estejam lá na frente.
E me foge, e me zomba.
"E música? Sabe o que é indiazinha?
Eu já lhe explico, deixe que o coelho passe aqui resmungando sobre seu atraso com seus botões. É que me falta tempo e só. De resto, não me carece talentos musicais ou instrumento algum desse mundo que não tenha um só seu exemplar localizado em meus aposentos. Mas já lhe explico toda a prosa."
E me foge, e me zomba e corre demais. E por isso, tantas vezes fica assim, pesada, querendo tudo e todos e noutras, sozinha.

2 comentários:

  1. de repente me assalta uma saudade de vir por aqui.
    vim =]

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  2. A lua ontem pelas oito? um sorriso de chesire imenso!
    e nem sequer este é o país das maravilhas...

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