sexta-feira, 16 de julho de 2010

Salão de tristezas onde as outras penteiam mágoas

Eu já nem sei se é o meu lado racional falando ou se é o lado mais sentimental de ser sentimental.
Eu só sei que chegar em casa uma da madrugada após 2mg e mais alguns amigos chopps sem a alteração evidentemente desejada, querendo café amargo pra tragar e não só retocar, como refazer toda a solidão, pouco a pouco não está lá muito certo.
Em algum ponto a lua me disse um basta e meu coração, fraco depois de tantas batalhas e por fim, admitindo-se vencido quis retirar-se.
Ser flor é querer ser sua, ser companheira de aniversários de álcoolatras em plena quinta-feira de forró no armazén, ser mãe pra te cuidar, te exigir as responsabilidades que o tempo lhe entrega nas mãos e num impulso tu devolves, é acordar com tuas ligações de manhã, é aturar-te enquanto um desconhecido perante a mim, carente de escolha, de opção, carente do mundo, com tuas histórias sempre absurdas e escutá-las repetidamente. E mais: escutar peripécias com a tua tal primeira mulher aqui e acolá por pedido próprio, por ser flor amiga, não querer ser só flor.
E depois de tanto, negar pra mim mesma. "Chateada? Não, isso você não tem direito.. e pra falar a verdade, mesmo que tivesse, não estaria... Não é?"

Um comentário: