domingo, 7 de março de 2010

Eu não gosto de tulipa.

Se um dia eu for escrota com você, principalmente na frente de todos os seus amigos, porque isso sim é ser escrota de verdade, faça-me o favor de ser o dobro. Me deixe sem graça, com vontade de ir embora e me questionando o quê eu estava pensando quando peguei aquele ônibus pra te encontrar.
Mas depois de horas emburrada, sem nada comentar e me fazendo de vítima - até pra mim mesma - chega de mansinho, sem muito alarde. Não deixa nenhum dos seus amigos perceber que você deu o braço a torcer, faz uma piada intelingente pra descontrair e quando perceber que minha face não esboça nenhuma intenção de rir dela, me abraça e me dá um beijo no pescoço, respirando bem fundo e dizendo que me quer ali. Depois me faz voltar pra perto daquela multidão, só tendo olhos pra mim, palavras pra mim e como num efeito dominó, todos os outros fariam o mesmo.
Me serve uma cerveja bem gelada, daí vamos discutir um assunto bem chato. Daqueles que ninguém gosta de falar. De preferência, tenha a opinião completamente contrária a minha. Discorde e apresente diversos motivos plausíveis para que eu esteja completamente errada. Permaneça com eles até que eu desista dos meus. Não veja verdade em mim - pois não há.
Seja tão inconstante quanto eu, tão escroto quanto eu, tão irônico quanto eu. Seja assim, a minha cópia, alternando os momentos com os meus, fazendo com que haja uma divergência completa em todos eles.
Depois me beija o pescoço de novo, fala alguma coisa nada clichê no meu ouvido, tão romântica quanto cafajeste, que me deixe tão confusa a ponto de aceitar uns beijos a mais, umas cervejas a mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário